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Entidades lançam campanha em defesa do cerrado
Mais da metade da área do ecossistema já foi devastada
Por Rafael Tatemoto, no Brasil de Fato
Mobilização tem como objetivo denunciar as violências contra os povos e comunidades que vivem na região (Foto: Antônio Cruz/ABR)
Brasil de Fato – Entidades lançam hoje (27) campanha em defesa da preservação do cerrado, ecossistema localizado na região centro-oeste do Brasil. Amparadas em pesquisas, as organizações afirmam que mais da metade (52%) do bioma já foi devastada no país.
Composta por 36 organizações, a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado - com o tema "Cerrado, Berço das Águas: Sem Cerrado, Sem Água, Sem Vida" - será lançada na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, às 14h.
O tema central da campanha será a questão da água. O cerrado é conhecido como a "caixa d´água do Brasil" e "berço das águas". Nele, nascem as três maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Amazônica, do São Francisco e da Prata.
"A campanha é fundamental para que todos conheçam o patrimônio histórico, cultural e biológico do cerrado: seus povos, sua biodiversidade, e sua importância para a vida na terra. Sem cerrado não há água e nem vida", destaca a integrante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Isolete Wichinieski.
"Nós dependemos de água para viver; 70% do nosso corpo é agua", ressalta Isolete. "Defender o cerrado é preservar as águas, é preservar a vida e todos e todas são responsáveis por isso", completa.
Além do tema da água, a mobilização também tem como objetivo alertar a sociedade e denunciar as violências contra os povos e comunidades que vivem neste espaço, abordando os impactos dos grandes projetos do agronegócio, da mineração e de infraestrutura.
"A campanha tem várias dimensões. Uma primeira é dar visibilidade à presença da diversidade humana, cultural e natural do Cerrado. Outra é visibilizar a importância do bioma para o conjunto da vida em outras regiões. E ainda, por outro lado, mostrar como tudo isso está em risco. Por isso não é só uma campanha dos povos e organizações do cerrado, mas de todos brasileiros", destaca o membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Gilberto Vieira.
Debate
A campanha será lançada em entrevista coletiva na sede da CNBB. Logo após, ocorre um debate sobre o tema.
Participarão da mesa de lançamento a antropóloga e professora da Universidade de Brasília (UNB) Mônica Nogueira; o indígena Elson Guarani Kaiowá; a liderança do Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom) Zilmar Pinto Mendes; o integrante da Articulação Camponesa do Tocantins Pedro Alves dos Santos, e da CPT Isolete Wichinieski.
Fonte: RBA
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